sábado, dezembro 23, 2006

Num outrora intervalo do cigarro ...

Há qualquer coisa em nós inquieta e ferida… uma união sentida por ambos. Sinto-te com uma profundidade que assusta. Não existe tempo, relógios, tic tacs, quando estou contigo. O tempo pára e atencioso concede-nos tempo para nos descobrirmos. Não sei para onde caminho a teu lado. Perco-me nas brumas do pensamento, quando o que quero é não pensar. Há palavras, sentimentos que nos unem. Há gestos que teimam em despontar. Agora, neste momento, só não quero é acordar…

3 comentários:

Poesia Portuguesa disse...

Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.

Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.

De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.

(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)

Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

(Poema de Alexandre O'Neill)

Um abraço e continuação de Festas Felizes ;)

Nolwe disse...

O intervalo do cigarro pode bem ser o intervalo de um susssuro, o intervalo de um galanteio roubado ou o intervalo de um beijo... Que tenhas muitos intervalos felizes em 2007 - sobretudo os do cigarro, mas sem eles! Beijos dos grandes! (',')

Álvaro Reis disse...

Gosto muito do teu texto... Beijo de um velho amigo! :)