quarta-feira, maio 20, 2020

O refúgio no antigo

Gosto de tudo o que é antigo,
Cheiro a mofo, que me desperta os sentidos,
Lembranças de um tempo perdido.

Nessa altura, era feliz sem saber!
Que benção não ter consciência
Do prazer dos dias...

Viver sem nunca pensar,
Sem nunca pensar que tudo pode mudar,
Vazio de repente.

Gosto de tudo o que é antigo,
porque me desperta os sentidos,
Lembra-me os sorrisos perdidos.

Agora consciente,
O presente não faz sentido,
Recordações enchem-me de desesperança.

Já não se volta atrás,
Por isso gosto de tudo o que é antigo.




sexta-feira, maio 01, 2020

Espetáculo de Teatro "Compota de Poesia"

trailer do espetáculo "Compota de Poesia"

Texto: Poesia de Fernando Pessoa ortónimo e heterónimos (Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caeiro) Encenação: Paula Antunes Elenco: Ana Videira, Francisco Gomes, Hugo Baptista, Natacha de Noronha e Pedro A. Rodrigues Direcção Musical e Sonoplastia: Hugo Baptista Fotografia: Joana Jesus Cartaz: Pedro Miguel Sousa Produção e Comunicação: Bruna Pereira Direção Artística: Teatro Língua de Trapo

Devido ao elevado teor emocional dos poemas de Fernando Pessoa, aconselha-se uma compota 1 a 2 vezes por semana. Um espetador assíduo descobrirá o sentido oculto das palavras e perceberá que a poesia pode tomar a forma de teatro e de canto. Não tem efeitos secundários perniciosos, mas atenção: causa habituação.
Em cena: Francisco Gomes/ Foto de Joana Jesus

Em cena: Ana Videira/ Foto de Joana Jesus

Em cena: Natacha de Noronha/ Foto de Tânia Mendes

Em cena: Hugo Baptista e Pedro A. Rodrigues / Foto de Luís Conde